segunda-feira, 12 de outubro de 2009

POESIA ' DELIRIOS '



DELIRIOS

Espírito obsessor
pra mim, pouco se mim dar.
O cavalo de prata marcha
no terreno, querendo alçar vôo
e implica com a cadela lili,
dando pinotes e patadas pro ar
e a lili não sai de suas patas.
A intenção é montá-lo e sair
galopando o ginete a favor do vento.
Ainda agora, ouço os latidos
e relinchos, e não sei o que impede
de ferir o portal do Arco –Iris
deste meu alazão
ante a insistência da cadela subindo
na crina para lombo do cavalo
no horizonte de minha janela
vendo lili, a cachorra narcotizada
delirando no dorso do cavalo alado.

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SEVERO D’ACELINO. Sergipano de Aracaju, (47) filho de Acelino Severo dos Santos e Odilia Eliza da Conceição – Fundador do Movimento Negro em Sergipe; Bahia e Alagoas – Ativista dos Direitos Humanos – Poeta , Dramaturgo , Diretor Teatral , Coreográfo , Pesquisador das culturas Afro indigena de Sergipe , Ator . Em 68 fundou o Grupo Regional de Folclore e Artes Cênicas Amadorista Castro Alves em 73 os Cactueiro Cênico Grupo e Teatro GRFACACA, introduzindo o Teatro Armorial e o Teatro de Rua em Sergipe. Dirigiu diversas peças e espetáculos de dança, entre eles: Maria Virgo Mater Dei, O Mistério da Rosa Amarela, A Última Lingada, De Como Revisar Um Marido Oscar, Terra Poeira in Cantus, Navio Negreiro,Água de Oxalá, A Dança dos Inkices D’Angola, Iybo Iná Iye, João Bebe Água. No Cinema interpreta Chico Rey , Espelho D’Agua e na Televisão: Thereza Baptista Cansada de Guerra. Autor de diversas peças textos e coreografias destacando a Suíte Nagô. Casado, Militar Reformado da Marinha de Guerra do Brasil. Coordenador Geral da Casa de Cultura Afro Sergipana.