quinta-feira, 15 de outubro de 2009

POESIA ' DESPACHO URBANO '



DESPACHO URBANO

O sagrado e o profano
na erotização do falo,
esterilizou o lago suspenso
do silencio sacralizado na harmonia
do meu universo.
Urbanização do despacho rural
na desertização do pântano
agora estorricado, uma sangria
do rio subterrâneo,
gruta do pensamento
imundado de idéia grotesca.
A encruzilhada do despacho,
mudou a rota do costume,
acabou a tradição urbana
na saudação de exu,
simbologia do fogo nas festas juninas,
dos funerais,
já não há materialidade,
recordações do passado,
continuidade dos ritos,
fechadas as passagens.
Ruralização dos despachos urbanos,
banalização dos ritus materiais,
reduzidos a sofisticações virtuais,
portal eletrônico da industrialização
dos ixes em micros chips transformados.
Despachos virtuais.










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SEVERO D’ACELINO. Sergipano de Aracaju, (47) filho de Acelino Severo dos Santos e Odilia Eliza da Conceição – Fundador do Movimento Negro em Sergipe; Bahia e Alagoas – Ativista dos Direitos Humanos – Poeta , Dramaturgo , Diretor Teatral , Coreográfo , Pesquisador das culturas Afro indigena de Sergipe , Ator . Em 68 fundou o Grupo Regional de Folclore e Artes Cênicas Amadorista Castro Alves em 73 os Cactueiro Cênico Grupo e Teatro GRFACACA, introduzindo o Teatro Armorial e o Teatro de Rua em Sergipe. Dirigiu diversas peças e espetáculos de dança, entre eles: Maria Virgo Mater Dei, O Mistério da Rosa Amarela, A Última Lingada, De Como Revisar Um Marido Oscar, Terra Poeira in Cantus, Navio Negreiro,Água de Oxalá, A Dança dos Inkices D’Angola, Iybo Iná Iye, João Bebe Água. No Cinema interpreta Chico Rey , Espelho D’Agua e na Televisão: Thereza Baptista Cansada de Guerra. Autor de diversas peças textos e coreografias destacando a Suíte Nagô. Casado, Militar Reformado da Marinha de Guerra do Brasil. Coordenador Geral da Casa de Cultura Afro Sergipana.