sábado, 11 de julho de 2009

CONCEPÇÕES




Deus híbrido, de natureza morta
Vida eterna, A Fenix anunciada
Deuses de todas as cores
raças, credos, concepções
Deuses dos sentidos, inspirações

Deus da graça e do sonho
dos povos e primitavas forças
diversidade do meu canto
invocado na hora desesperada
em busca de clamor.

Ouvir o clamor dos Deuses
da terra, fogo,água, ar
de todos os sentidos e sentimentos
Deuses dos Amores e Alegrias
amor da vida plena numa eterna alegria
Deus híbrido, genérico
ponte da existencia de nosso
divindade humana

sexta-feira, 10 de julho de 2009

CÂNTICO NEGRO

Cântico Negro
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos meus olhos, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E não vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam os meus próprios passos...

Se às coisas que pergunto em vão ninguém responde
Por que me dizeis vós: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se eu vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar os meus próprios passos na areia inexplorada!
O mais que eu faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis ferramentas, machados e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes jardins,
Tendes canteiros, tendes estradas,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes livros, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é quem me guia, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Não me peçam definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

(José Régio)

CAMPANHA LITERÁRIA DE SOLIDARIEDADE




Vamos fazer uma Corrente literária da Amizade, para difusão de nossa produção literária, numa Campanha em favor das Obras Sociais da Casa de Cultura Afro Sergipana - A conclusão da reforma da Área de Vivência Social " Odilia D'Acelino"
Cada Amigo(a), pode passar 10 kits, com 2 livros, no valor de 25 reais, postados e, solicitar que os seus Amigos façam a mesma coisa, numa ação multiplicadora.
Uma Ação entre AMIGOS.
casaculturafrosergipana@gmail.com.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

JOGO


Dei um mis a mis a exu,
Joguei a alubassa com uma indagação
Respondeu, perigo
Pessoa sua queria lhe derrubar
Bode arriado, bonecos amarrados
Enterrados.
Perguntei o que fazer
Nada. Disse exu
Mais ebós dos seus amigos
Dos seus companheiros
Dos seus conhecidos
Vire o igbá.
Saravá Exu
Inveja,ambição, olho grande
Traição , roubo, morte
Morte, Iku
Exu Caveira, Iyangui.
Larôiyê.!!!

VERTENTES DE LÁGRIMAS


Lágrimas são Estrelas
Que saem dos nossos Corações
Iluminando os Céus
Fertilizando a Terra
Enchendo os Rios
Purificando o Mar
Com o sopro dos Ventos
Constelação luminosa
Que guiam nossas emoções
Estrela da Terra
Estrela do Mar
Constelação Estelar
Lágrimas que vertem
De nossos olhares.

HOSPEDEIRO DE LUZ


Tormenta atroz
Que dilacera e atormenta
Minha solidão.
Conjuro o amor em mim
A felicidade anunciada
De mãos dada com o fluxo
Do girassol, nas manhãs
Que trago no peito.

É nascente, aurora, despertai.
Sempre tive uma vida agitada
Em companhias festejadas
Hoje vivo solidão.
Eu não tenho uma vida de Rei
Mas sou majestade de alguns
Nunca tive uma vida de paz
Mas sou Feliz, enfim

Sou hospedeiro da luz
Eco sem claridade
Lux da minha voz sufocada
Estrela da manhã
Gritando meu silencio profanado.
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PERSPECTIVA


Critica a minha atuação
Mas nunca atuou na vida.
Fala da fome e nuca passou
necessidades.
Fala do Negro, do Racismo
mas não sabe o que é ser Negro
e nunca foi discriminado.
Seu Desejo não satisfeito
é o Delírio de suas neuras
Só o Negro pode falar de Negro
porque sabe o significado e sente
o drama do ser e do ter
porque sabe que é
Só o miserável, necessitados,
descamisados, excluídos!
podem falar de fome, porque
sabem onde a dor aperta
e sentem na pele ª...
Só quem produz ,criam e constroem
podem criticar as produções
produtores e criações
Críticos sãos hospedes que transitam
nas obras para atravessarem pontes
no meio das estradas, MIOPISANDO
a Visão com o seu ponto de vista
sem a perspectiva do Agente da História
sufocada.

CUSTÓDIA PROTETORA


Engaiolado dentro de mim
e eu não me toquei
neste sonho de visão dantesca
Engaiolado e emparedado.
em frente, de lados, por traz e embaixo.
sem poder subir.
Emparedado em meus pensamentos
de ternura romântica.
é minha Gênesis de renascimento
desejado em delirium tremens
gerado da overdose radical de
minha custódia protetora
agonizante.
Uma visão real das maldades
das pessoas pequenas
que só crescem, diminuindo
as outras

RAZÃO PROFÉTICA


A minha Razão Profética
no desfiladeiro do Cisma,
durou uma férias de Verão
e encarou o Dogma da Rejeição
desta Teologia Marginal,
que por aqui, se pratica
para Matar em nome de Deus.
Numa conjuração personalista
do culto individual, numa ação
Agnóstica de materialismo
desindexado na inculturação
da Alteridade Sacra
de profetas pequenos que crescem
sufocando o Verbo.

EMBLEMÁTICAS RAZÕES


A Visão contemporânea
do meu Sonho,
não é mais Desejo
é Delírio.
Uma fantasia grotesca
num amaranhado de rituais
enigmáticos, anacrônicos
e agnósticos.

Uma Visão fixa nos fragmentos
de minhas ações contestadoras
numa direção iluminada
de razões obscuras, emoções
cheios de sentimentos e boas intenções

Visões do inconsciente coletivo
permeando o culto emblemático
do personalismo numa noite enluarada
sem Estrelas ou ventos,
numa chegada assintomática
de desejos emocionados

TRANSFIGURAÇÃO DA IMBECILIDADE


Insegurança e dúvidas paralisantes
dentro de mim, sem que eu saiba
uma visão problemática estapafúrdia,
um parto dolorido de amor endêmico,
transfiguração da imbecilidade fatal
de um satanismo medíocre, forjado
de segredos compartilhados por
arqueólogos insanos que exploram,
os vícios dos outros, para potencializar os seus.

Numa aberração de natureza plástica,
metamorfoseando o visual.
ter Ícaro de minha nação utópica
na transfiguração do mito, é minha formação
metafísica, para produzir a síntese.
Meu desejo delirante,
Caetano Buarque Gil

VIOLAÇÃO DO DESTINO


Pai! Guarda em ti,
aqueles voam na imensidão
infinita da vida.
A heresia contestadora da extrema
Inquisição, danação temporal
da intolerância templária.
negativa da divindade do estado
na sacralização canônica do clero.
Violação do destino,
reveladora das regulações
que institui a luz dos debates
satíricos da profecia partidária,
dogma elaborado pelo mago da ambição.
O dialogo, censurado,
Enclausuramento do dia,
Na noite dos márteris da genética,
Na abjuração de Galileu.


SOBREVIVER


Confiança, mata
destroe amizades
institui traições
e estimula o roubo
e os ladroes.
Tudo na confiança
nos deixa vulneraveis
cristaliza a dúvida
e atraza a criação.
Quando não há confianças
não há dúvidas, não há traições
e nossos atos, estão seguros
porque não temos confiança
em individuos que se insinuam
com propagandas enganosas
pensando em se dar bem.
São os maus intencionadaos
que criam dificuldades
para vender facilidades.
Deve cuidar e reforçar
minhas defesas.
Desconfiar, para sobreviver


PEDRA DE ARÁ


A polarização do sonho
cristalizou a energia do plexo solar
amarelado de sufoco animado
de configuração distante
para a fantasia em noites quentes
de inverno tardio.

Pensamento telúrico
de ciranda vadia, e imagens fulgurantes
da fogueira sacramentada em lúdica sombria
no cume da pedra de ará.

CONSPIRAÇÃO DO MITO


Conspiração de Fausto,
para conquistar o mundo
de mim, Só mim falto eu
para esculpir a imagem
do sonho Dantesco,
neste drama soturno
das noites de rondas,
do Cordeiro do sacrifício
ao Bode expiatório, da luxúria coletiva.

Na conspiração do Mito
busco na penumbra,
os que buscam a mentira
para falar a verdade.
Assinalar os que na mentira
encobrem a verdade
com mantos dourados
do convencimento,
trucidando no exílio
a atenção dos atentos.

NOITE DE RONDA


Noite de ronda dos espíritos,
Padilha eleva seu potencial
induzindo forças as mulheres
e homens das ruas,
para a luxuria do sexo total
sem medo, sem receios.

Em torno do falo que se movimenta
em circulo circunscrito,
ejaculando desejos adormecidos
desconstruindo o cio da besta,
que foge da lua em fogo fátuo
e se derrama na terra despertando...

O homem emasculado
que serve a sua ama,
no gozo da danação
excomungando o mundo
para amaldiçoar a felicidade

A PONTE


Por baixo da ponte,
não passa mais o rio,
não há mais alvorada,
e canto da escorredeira,
são passados de infância
na adolescência tardia.

O leito, viçoso e lépido
vegetações altaneiras,
da viola de peito
nas vozes das lavadeiras
infância coletiva,
no leito do meu Rio.

Dos hoje encapuzados,
secou na madrugada
devastado na alvorada
em fogo convertido.

A margem esquerda da vida
soçobrou na avenida
que hoje se transita
não sem musica, se grita
com passado de risos cantados.

Por baixo da ponte, não passa mais o rio
passa carros em alta velocidade
não há saudades ou desafios
neste viaduto, era a infância
do meu Rio.

RETRAÇÃO


Scanearam meu pensamento
e eu fiquei nu.
Roubaram minhas idéias,
já não posso pensar,sentir,desejar.
Minha liberdade de expressão,
não é mais a expressão de liberdade,
Violaram os meus direitos naturais,
sufocaram minha capacidade
de interagir.
Ampliaram as privações dos meus Direitos,
legítimos, coletivos,constitucionais e de
consciência,mim sufocando no exílio.
Tirando minha capacidade de sonhar,
Já não tenho desejos
só pesadelos e delírios.
Minhas idéias foram clonadas,
pensadas.
Minhas energias não geram pensar,
Estou num bloco suspenso,silenciado
Numa retração minimalistica
da concepção que se dilui no silencio
cristalizado.
Como reanimar meu pensamento?
Qual ponto ou perspectiva devo singrar?
Na revitalização dos meus verbos?
Buscando na zona do silencio,
Identificar uma área neutra,morta
para erguer uma barreira de proteção
e bloquear os sinais invasivos,
salvar meus pensamentos,
resguardando informações
Identificar sinais, congelar expressões
e ficar livre de invasões
de parasitas

ALVORANDO


A Rosa da nossa Vida.
somos nós, produzindo
o perfume da Felicidade
exalando aromas em torno
da Luz, que revitaliza e reflete
a nossa Poesia.
Damos as Abelhas, aos Beijas-Flores
o necta da expressa natureza
mandada pelos Ventos
levadas por eles que
distribuindo polem
Floresce o Mundo de Felicidades
e EU, trago em mim,
o explendor deste Amanhecer Supremo.
A Luz.

LIBIDO


A Androgenia fálica
iluminada em luz neon
e um coração drogado
alimentando de fluido cristalizado,
a música alucinada
na mente estropiada
de expressão aguda na batida
trovejante de lapsos.

Olhos mouros
de libido congelado
na frigidez do canto,
no canto, sem canção,d
defansado de harmonia
o sopro plástico da luz,
fantasmagorizando a fluidez
da razão entediada distorcendo
a máscara de plasma,
em sua comédia dramática
de uma identidade ambígua.
O Sal, a Luz... Um grito.

ARBITRIO


O peso do livre arbítrio
É o preço da liberdade.
Duvidas e ansiedades
Razão e emoção
No Santo Graal
Do inconsciente que move
meus sentimentos e expressões
do livre arbítrio

PROFANAÇÃO DO SILENCIO


Tormenta atroz
Que dilacera e atormenta
Minha solidão.
Conjuro o amor em mim
A felicidade anunciada
De mãos dada com o fluxo
Do girassol, nas manhãs
Que trago no peito.

É nascente, aurora, despertai.
Sempre tive uma vida agitada
Em companhias festejadas
Hoje vivo solidão.
Eu não tenho uma vida de Rei
Mas sou majestade de alguns
Nunca tive uma vida de paz
Mas sou Feliz, enfim

Sou hospedeiro da luz
Eco sem claridade
Lux da minha voz sufocada
Estrela da manhã
Gritando meu silencio profanado.


VILIPENDIO


Anunciaram a minha Morte
o apagar das minhas pegadas
na tragetoria de lutas
Anunciaram a minha Morte
apagando os meus registros
numa danação vilipendiada
Anunciaram minha Morte
difamando minha existencia
desqualificando meus feitos
silenciando meu Nome.
Anunciaram minha Morte...
...uma Morte Anunciada.
Minhas Idéias...nunca morrerão.
É minha Identidade o que mim identifica.
Apesar do esquercimento funcional.

TROVEJOU NO RIO


-Trovejou e o céu escureceu
de repente, o Tempo, a gente,
mudou.
A ventania intensificava o frio
do silencio gerada do medo
que pairava sobre nós.

2-O fogo congelou o espaço
e o Sol não veio.
desabafo do Sol
que não nasceu no dia seguinte
tudo calmaria, silencio
escuridão.

3-A luz dos postes
não chega onde estou
não clareia a escuridão
não esquenta o frio
não alumia o caminho
da estrada.

4-Dia anoitecido, profético
Que se fez noite escura
Sem Lua, sem estrelas
Sem os brilhos das mente

5-Água transbordadas
das fontes secadas na devastação
do Rio assoreado
mostrando seus lençóis e bancos de areias
na escuridão do dia que o Sol não veio
e a água evaporou.


RANCÔRES


os olhos só brilhão, na primavera e no alvorecer.
é hora do sol, da expressão de vida germinando
sem ódio, sem dor e sem rescentimentos
porque a vida surge com a energia do calor
que emana do coração.
os olhos só veem o que deseja o sentimento
e este pode ser direcionado
conforme a perda.
só os perdedore guardam ranCores
pretas, brancas, amarelas etc.
um sentimento infeliz de psicopatia.
a cor da pele jamais será mis importante
que os brilhos dos olhos de quem vê
além do olhar.
Feliz Páscoa.

SINALIZAÇÃO

Meus versos são códigos
registros de minha consciência
referencia dos meus segredos
chaves de meus enigmas
sonhos de minhas paixões
para não mim perder
nas estradas

FOGO FRIO


Essa energia negativa.
Esse peso claudicante
que traz consigo a sina
de devastar tudo
que olha e deseja.

Essa energia é fogo
Na floresta, no centro do mar
Não é vulcão
É ódio e sentimento
Você é do mal.

Fogo que queima as pessoas
destroem ambientes
mão cheias de desgraças
você é o próprio mal
o inimigo, o fraco.
Não tem nada, porque nada constrói
você é pó e para o pó voltara

Terra a terra
Pó ao pó
Fogo ao fogo
O fogo purificador
Destruirá as lavras astrais
Que devasta tudo a sua volta
Que deixa, para fazer mal aos outros.

Essas lavras se voltarão
Contra você e contra quem estiver
Representando nestas maldades.
Terra a terra
Pó ao pó
Cinzas as cinzas.

BERULÓ


Quem passa a vida
A fazer, desejar
Mal aos outros
Destruindo construções
Num ritu maligno
De desejos violadores
Feitiçarias e poções
Imã mutante de maldição
Agente de Troncoso
Da Lua Cheia minguada
Amuleto de magia negra
Sem poderes reflexos na gira do Sol
Simbiose do mal retratado
Combato com as forças
Da água e do Sal,
Em João, Cristo e do Rio Jordão
Ao Mar Morto, destruindo
Sua ira, seu ódio, sua raiva
E seus ataques psicóticos
Em se alimentar com as desgraças
Dos outros.
Terra a terra
Pó ao pó
Cinzas as cinzas
Beruló!!!
Volta para quem lhe mandou
e diga, que não mim encontrou.

ACORDES


Você tem Jesus Alegria dos Homens?
- de Bach?
-sei lá?
Em alemão?
Não. Minha sofisticação
não chega a tanto.
No mais puro linguajar
da periferia.
-Você que Reeper?
Um chorinho é mais adequado
As minhas leituras e entendimentos
e encherá meus sentimentos
de ternura e encanto
Ouvir não é ler no original
Mim contento pelo genérico com tradução
Mesmo que se traia a confiança do autor
Uma versão marginal
Com letras grandes,
Uma música colorida
Alegre que fale de mim
Como eu mereço, com acordes
de violão para que eu possa solfejar
e dizer no lá,rá,lá
esta eterna poesia musical.
Uma versão popular
como as Bachiannas
que ouvir, olhando as vitrines
sonhei eternidade.

ECLIPSE


O Sol apareceu eclipsado com a Lua
enchendo o céu de estrelas, alvorada
festiva anunciadora das estações
com o Arco Iris da vida, singrada de
chuvas torrenciais e ventos amenos
que invadiam os nossos sentidos.


FENIX ADORMECIDA


Violação de sonhos,
catalisou assustadoramente
uma energia dominadora,
contaminante de poemas espúrios,
gerado de um stress pós traumático
uma ilusão fragmentária, de um desejo
que delirou.
Uma visão híbrida do meu antagonismo
antítese do pensamento bloqueado
nesta oração que faço aos cabelos
embranquecidos da anciã
que renasce com o Sol
e não pode revelar suas mentiras
sem expor suas verdades
Obsessão devastadora
que induz energias as palavras,
e caem no ventre dos ventos
para não difundir endorfinas,
aumentando felicidades,
apagando, dores, solidões ,
as lembranças, para ter vida nova,
perdendo o passado,
cristalizando a identidade
reveladora do seu mantra.
Uma Fênix adormecida
deflagradora de choques
homeopáticos de felicidades.

ALUCINADO EM Cãmara lenta


Alucinado em câmara lenta
Uma Paixão recorrente
Uma dor no peito
do lado esquerdo do Rio.
Vou m'embora
Não sei onde moro
se prá lá, prá qui
ou pra colá.
Se longe ou perto
Só sei que demora
pra chegar.

OLHOS DE VER
Acendi o Farol do Esquecimento.
Ativei a lembrança, já não mim lembro mais
Eu que me esquerci de lembrar
Minhas Memórias, vão singrando
os Céus da Bem aventurança,
em Mares bravios, sobre as luzes
de Estrêlas marginais, caídas no Mar
em prantos, formando Furações
II
Ainda não aprendir a Ver,
porque não sei Olhar.
Uma multidão de sons povoam
meus sentidos, mas não sei Ouvir,
e ,por não não saber escutar,
não flutuo na Fantasia do Universo
da imaginação.
Um Paradigma da inconsciencia,
emprobece meu Coração, sem razão
sem emoção, sem memorial revisitado,
sem Olhos de Ver, Falando para Dizer
...Saudades.

TRANSVERSALIDADE DO MEU CANTO


A Fadiga do meu Canto Cíclico
desafinou a extensão de minha voz
e quedei triste, na tristeza do Cantar
Uma Aminésia atroz, instantânea e perversa.

Canto do meu encontro
desta partida.
Saudades, e emoções destes minutos
de divagações sentimentais.
Emoções... Pura emoção

Canto enfadado
pelo rotineiro cansaço
de um labor estéril, imobilista,
de stress depressivo e reducionista
nas notas dissonantes do meu pensar.

Fadiga mental,
sem vontade de ir
querendo ficar
e fico para não sair.
Nesta falta de animo de pensar,
neste Canto embaçado de visão limitada,
sem pausa ,para determinar o ritmo silenciado

Uma dor passada.
O Medo de pensar
cristaliza a minha Fronemofobia
neste Canto frouxo, fatigado,
que potencializa a Catarse da transversalidade
do meu pranto...desencontrado ,
deste Psicodrama Filosofal.



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SEVERO D’ACELINO. Sergipano de Aracaju, (47) filho de Acelino Severo dos Santos e Odilia Eliza da Conceição – Fundador do Movimento Negro em Sergipe; Bahia e Alagoas – Ativista dos Direitos Humanos – Poeta , Dramaturgo , Diretor Teatral , Coreográfo , Pesquisador das culturas Afro indigena de Sergipe , Ator . Em 68 fundou o Grupo Regional de Folclore e Artes Cênicas Amadorista Castro Alves em 73 os Cactueiro Cênico Grupo e Teatro GRFACACA, introduzindo o Teatro Armorial e o Teatro de Rua em Sergipe. Dirigiu diversas peças e espetáculos de dança, entre eles: Maria Virgo Mater Dei, O Mistério da Rosa Amarela, A Última Lingada, De Como Revisar Um Marido Oscar, Terra Poeira in Cantus, Navio Negreiro,Água de Oxalá, A Dança dos Inkices D’Angola, Iybo Iná Iye, João Bebe Água. No Cinema interpreta Chico Rey , Espelho D’Agua e na Televisão: Thereza Baptista Cansada de Guerra. Autor de diversas peças textos e coreografias destacando a Suíte Nagô. Casado, Militar Reformado da Marinha de Guerra do Brasil. Coordenador Geral da Casa de Cultura Afro Sergipana.