
Por baixo da ponte,
não passa mais o rio,
não há mais alvorada,
e canto da escorredeira,
são passados de infância
na adolescência tardia.
O leito, viçoso e lépido
vegetações altaneiras,
da viola de peito
nas vozes das lavadeiras
infância coletiva,
no leito do meu Rio.
Dos hoje encapuzados,
secou na madrugada
devastado na alvorada
em fogo convertido.
A margem esquerda da vida
soçobrou na avenida
que hoje se transita
não sem musica, se grita
com passado de risos cantados.
Por baixo da ponte, não passa mais o rio
passa carros em alta velocidade
não há saudades ou desafios
neste viaduto, era a infância
do meu Rio.
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