sábado, 20 de dezembro de 2008

JOÃO MULUNGU - O HEROI DA RESISTÊNCIA


JOÃO MULINGU Herói da Resistência

BACURO

Há muitos anos, na época da colonização, onde os negros eram escravizados aqui em Sergipe, não se respeitavam nem as crianças, as perversidades contra elas eram terríveis, quando não lhes queimavam ás mãos e ou a boca com cocada e ou outra comida, lhes amarravam num poste qualquer para domar-lhes os ânimos buliçosos, também eram usadas como sacos de pancadas, para livrar os filhos dos Senhores dos castigos corporais, pois eles não podiam passar por nenhum constrangimentos uma vez que lhes estavam assegurada a continuidade do patrimônio, eram os sucessores dos seus pais, e por isso, quando faziam qualquer bolinagem, tinham seus sacos de pancadas para serem punidos por eles.

Era também utilizadas as crianças, principalmente os meninos, como mane gostoso, dado de presente aos meninos da casa grande, para suas brincadeiras e distrações e muitas das vezes os manes gostosos eram os brinquedos sexuais dos seus donos, que se utilizavam deles como objetos de perversão sexual, se iniciavam sexualmente, violentando os escravos manes gostosos, sobre os aplausos e conivências de todos da casa grande.

Essa situação se perdurou por muito tempo contra as crianças escravas que desde o seu nascimento eram penalizadas, não podendo se alimentar do peito das suas mães, porque estava reservado o leite para os da casa grande, quando não, suas mães eram alugadas como vacas leiteiras para alimentar as crianças de quem tinham dinheiro para pagar.

Neste ambiente as crianças viviam muitas das vezes em pior condições que os adultos, que podiam mesmo em desvantagem, se defenderem ou se vingarem dos maus tratos recebidos. Este ódio e esta mágoa infantil, crescia a cada passo de violência sofrida e clamando por reação, e esta se encaminhava a passos largos, através das constantes fugas de crianças e adolescentes dos engenhos para os matos e vez por outra, buscavam outros Senhores.

Nesta época os capatazes e capitães do mato, se esmeravam em capturar crianças e adolescentes fugidas e promover as suas entregas, pois sabiam que seriam bem remunerados, mas sabiam também que dificilmente conseguiriam captura-las se estas estivessem com os grupos quilombolas ou se estivessem em contatos com eles, pois conheciam que uma das estratégia dos quilombolas era o contatos com crianças e através delas a sua relação com os demais negros dos engenhos, como também o conhecimento das ocorrências. As crianças eram os olhos e os ouvidos dos escravos, através delas os chefes quilombolas sabiam de tudo, da movimentação das tropas , do Senhor de engenho, das manifestações de toda vida . Através dela havia a comunicação em tempo real, num bôque bôque.

Neste clima foi que João Mulungu se estruturou, investindo na sua formação para na Resistência, sobreviver aos enfrentamentos e iniciou a sua jornada, fugindo diversas vezes do engenho do seu Senhor, ora buscando outro Senhor ou o contato com grupos aquilombados, fugia porque apanhava e era extremamente maltratado, deixou a sua mãe a escrava Maria e foi para os Quilombos em terna idade.

No meio de sua vida quilombola, foi capturado e vendido ao Engenho Flor da Roda, do proprietário João Pinheiro da Fraga, agora já na adolescência e com bastante experiência de luta para sobrevivência, teve seu novo Senhor, não porque estivesse procurando, mas porque lhes deram.

João Mulungu, agora já mais tarimbado, utilizou a sua experiência no engenho para reforçar a sua liderança e logo foi identificado e respeitado por muitos escravos do engenho, é verdade que despertou a ira e o ciúme de muitos. João Mulungu era faceiro, insinuante, corpo atlético, sensual e logo despertou a paixão e o desejos de muitas escravas que o procuravam sempre que podia para os mimos de amor, mas não conseguiam amarrar seu coração, pois ele estava reservado para as lutas

As matas do engenho era muito densa e ali João Mulungu buscava o seu sossego e . a utilizava para dar guarita aos quilombolas procurados e os que buscavam pouso depois de uma longa jornada, e foi ali que conheceu os seus fieis escudeiros, Manoel Jurema e Galdino força multiplicadora do grupo que deu nova expressão á Resistência Negra Sergipana.

Ali no engenho Flor da Roda, conheceu a negra Angélica que não o perdia de vistas, talvez a mais ciumenta das suas mulheres, mas a sua autoridade nunca fora questionada e ou desrespeitada, mantinha um a boa relação de disciplina com os membros do seu grupo e com os demais grupos que se relacionava, João Mulungu mantinha a mais temida organização quilombo

Diversas vezes João Mulungu se reunia com seus companheiros e promovia uma incursão pelas Vilas, capturando mantimentos e cavalos, a moeda mais forte na época para negociar com os ciganos, que constantemente lhes procuravam e muitas das vezes se abrigava sobre a proteção do grupo, quando estavam sendo perseguidos pela fôrça policial, mais era fundamental a relação que mantinha pois os ciganos eram a ponte e a garantia de vir a possuir boas armas para os embates com a policia.

Muita das vezes essas excursões eram objeto de perseguições da policia e passavam mais de três meses nestas manobras, que muita das vezes só eram concluídas ou só tinham os finais felizes por intervenção de outros grupos que usavam de artimanha para tirar a policia do encalço do grupo de João Mulungu.

Com essas atividades paralelas, já era tido como fugitivo pelo Senhor do engenho Flor da á era tido como fugitivo pelo Senhor do engenho Flor da Roda que comunicando o caso a policia, tinha garantido o seu retorno quando recapturado, mas João e seus companheiros, mantinham as matas do Flor da Roda como Quartel General, era ali a sede do seu quilombo, e o descalço dos seus guerreiro,era ali onde se refugiava das manobras, agora as fugas da policia.

O nome de João Mulungu cresceu tanto que a simples menção deixava
O pessoal apreensivo, donos de engenhos, autoridades e principalmente o tenente João Batista Banha que nutria o maior ódio ao quilombola, tendo em vista as dores de cabeça e as canhotas de que era vítima por não conseguir capturar João Mulungu.

João Mulungu foi transformado em objeto e agente na luta contra os opressores, seu nome era muitas das vezes utilizados para garantir feitos e ou para encobrir manobras de opositores, estratégica utilizada por políticos, senhores de engenhos e pela própria policia, quando queria atingir alguém, a mando dos senhores de engenhos e de políticos. Atacavam usando a estratégia do grupo de João Mulungu e deixavam falsas pista que identificaria o quilombola com o depoimentos das suas vítimas.

Por diversas vezes João Mulungu foi acusado junto com os seus companheiros de ter praticado crimes, roubos, invadido fazendas, queimado e destruído plantações. Essas acusações caluniosas lhes deram bastante dores de cabeça e aceleraram suas incursões em outras Vilas, fugindo das tropas, mas em todas as Vilas visitadas só lhe renderam amizade o que irritava a repressão que o vendia como o terror da Capitania e deixava o Tenente João Batista da Banha em maus lençóis.

João Mulungu e seus companheiros fizeram incursões em todas as Vilas da Capitania, percorrendo de norte a sul toda a extensão do pequeno território convivendo com ciganos, índios, portugueses, escravos, forros, libertos, perseguidos enfim, o quilombo era expressão de liberdade e a levava em suas ações itinerantes onde que fosse um libertário, perseguido e perseguindo o modo de bom viver.

Com diversos processos crimes para responder, seguia em frente na sua luta, promovendo seus manifestos, junto com os companheiros e sempre retornava a Flor da Roda, sem saber que ali seria a sua perdição pela traição de um escravo do engenho enciumado, pela preferência de Angélica e pelo poder de liderança de Mulungu, o Severino, escravo do engenho, sabedor da chegada do grupo e da sua localização , e sabendo da diligência do agora Capitão João Batista da Rocha Banha, procura –o e denunciou a sua localização, era 11 horas da manhã do dia 19 de janeiro, João Mulungu e seus companheiros, descansando á sombra dos bananais do engenho Flor da Roda foram capturados e conduzidos para a Vila de Divina Pastora.Tendo a Igreja como cárcere onde fora violentamente interrogado e torturado pelo delegado responsável pelos autos.

Como era de se esperar os dividendos políticos da prisão de João Mulungu, aguçou a muitos, dos policiais ao Presidente da Província anunciou que havia acabado os quilombos em Sergipe, pois que o seu terrível chefe, havia sido enforcado naquela data. O que não condisse com a verdade, pois por muito tempo tramitou a ação jurídica de João Mulungu, sendo transferido de uma Vila para outra e por fim, anunciado a sua sentença e dos seus dois companheiros, sentenciados as Galés, certamente que foram mandados a cumprir pena na Bahia, como era de costume na época. O certo é que João Mulungu não permaneceu por muito tempo na Bahia, deve ter estendido as suas experiência as lutas dos negros e se insurgido contra os opressores, formando outro grupo de resistentes quilombolas.










































QUINTINO DE LACERDA O ARAUTO DA SERRA

No tempo da escravidão, o negro apanhava e buscava alternativa de vida, seja na fuga como estratégia de luta ou se deixava levar buscando seu tempo para revidar com sabedoria ou simplesmente como reação a violência sofrida, A Vila de Santos Antonio da Almas, foi palco como em toda Vila da Capitania de Sergipe, de lutas transformadoras, onde os negros buscavam através dos diversos manifestos, se manter em constante vigilância contra as violências.

Entre Colinas, Serras e Canaviais, caminhava um garoto cabisbaixo, roupa em tiras, ia em direção do rio onde pretendia tomar banho e contar nuvens, observar as figuras etéreas que ali se formava, sempre que o tempo ficava mais quente.
Gostava de tomar banho e correr entre as pedras exercitando sua musculatura que já se pronunciava, mesmo em contraste com a sua magreza
em relação a sua altura, parecia uma vara de bambu. Sempre que fugia do engenho e da violência do feitor do senhor e do capataz, que ainda lhe queimava as mãos como castigo, vinha para a s margens dói córrego que chamava de rio.

Quintino sabia da sua situação e sabia também onde viviam outras crianças que fugiam do cativeiro e pensava sempre em se juntar a elas. A sua vida não era muito boa, e assim pensando chegou a beira do riacho, despiu seus trapos e andou pelas margens, brincando com uma borboleta e logo mergulhou sentindo a temperatura da água lhe invadir todo corpo, abstraindo seus pensamentos, aliviando as torturas físicas e morais de sua infeliz alma.

Saiu do riacho e deitou sobre as relvas sem nenhuma preocupação, vez em quando admirava o seu corpo nu que se alongava e se transformava, achava que seus braços eram muito grandes também, queria parecer como o Francisco, todo inteiro e musculoso e sem medo de nada e assim dava vazão aos pensamentos que corria mais rápido que as nuvens, transformando em imagens fantásticas.

Deu outros mergulhos e depois subiu numa árvore frondosa que margeava o riacho e lá em cima podia ver o cenário verdejante que compunha o local, avistava também os movimentos dos escravos na lida, uma na lavoura outros no Canavial e outros, cuidando do gado, lá de cima tudo era diferente só a sua visão descortinava o ambiente sem lhe trazer sofrimentos. Era livre, pelo menos da sua imaginação.

O sol esquentava, aquecendo a temperatura, pois o vento quando soprava mostrava a verdadeira frieza que fazia o lugar, mas Quintino se aquecia de esperança, desceu da árvore e voltou a deitar na relva, desta vez bem perto da margem com os pés dentro d água e a cabeça por sobre uma pedra e fitando os céus por entre os galhos.

Ensaiou alguns passos de fugas e defesas, para no momento oportuno seguir sozinho em busca dos quilombolas, sabias que muitos grupos de quilombos aceitavam meninos, pois já ajudaram muitos dos seus amigos a fugirem para os quilombos e deixarem de apanhar. Nunca disse nada a ninguém, nem a sua mãe.

Quando apanhava recebia dela a mensagem para fugir, mas até agora não fugiu, tem medo e pena de deixar a mãe apanhar por causa dele, pois já viu muitas das mães apanhando por seus filhos terem fugido, o mais recente foi Malaquias de pouco mais de seis anos, o Sinhozinho disse que ele não vingaria e que seria morto pelos bichos ou de fome.
Nezinha foi embarrigada pelo Sinhozinho e agora não podia mais sair com ela que depois da surra está com os pés quebrados. Só anda mancando, dizem que vão mandar ela pras bandas do Maruim para ser ama de uma velha.
Tempo passou e foi vendido, mas sua mãe não chorou. Foi vendido para um coronel que ia viajar e foi vendido como ladrão. Nunca tinha roubado e ainda apanhou no tronco antes de ser entregue ao novo senhor, saiu do engenho com marcas gotejantes.
Na casa do novo dono, foi tratado pelas filhas dele e ele era muito bom e na viagem foi tratado diferente dos outros escravos que se encontravam no navio. Passou muitos dias até chegar ao destino, era uma terra fria e agitada
Se ouvia muitos gritos.

Na casa do senhor, ficou do lado de dentro, não dormia na senzala e lá não tinha senzala, tinha uma ruma de gente que entrava e saia depois de muitas conversas.

Uma vez o senhor perguntou se não gostaria de aprender a ler e mandou suas filhas lhe ensinarem e já começava a fazer parte da comitiva que visitava o senhor, pois pedia até a sua opinião, quando ia levar alguma coisa que mandavam.

Quintino crescia se tornava um negro forte, já fazia alguns serviços para fora, como negro de ganho, andava no Porto e não era perseguido e até começou trabalhar no cais.
Um dia uns amigos do Senhor lhe perguntaram se não gostaria de chefiar um local para proteger os negros que fugiam dos engenhos. Ele pestanejou e lembrou de seus amigos que fugiam do cativeiro ainda criança e iam procurar por chefes de quilombos. Lembrou de Malaquias e sua coragem fluiu como um sonho realizado. Disse que sim e que poderia fazer o que precisasse. Ele desconfiava que muitos desses Senhores, invadiam os engenhos para libertar negros, já tinha percebido isso por diversas vezes, principalmente quando era acordado madrugada pelos barulhos surdos que vinham da sala e sempre percebia pela manhã alguns negros com mochilas, esperando serem levados para o serviço.
Quintino vivia entre intelectuais progressistas, ativistas que lutavam contra o escravismo. Aprendeu a se portar ativamente, sem subterfúgio, enfrentando as adversidades e dialogando com os maiores pensadores da resistência.
Naquele mesmo dia foi levado com alguns escravos em comitiva para o local onde seria o maior quilombo agrícola do sul do país. Jabaquara onde buscou liderar as ações de permanência dos resgatados, usando estratégias ancestrais nunca antes praticadas.
A resistência do Jabaquara interagia com a comunidade de quem era conhecido e reconhecido, diversas vezes fez interferência em favor do coletivo de Santos

Como chefe do Quilombo do Jabaquara destacou-se como líder obedecido sem contestação. É a fase heróica da vida desse negro corajoso. Chefiou homens armados, capoeira, resgatando levas de escravos, na Serra do Mar, para levá-los para a Vila da Redenção como o povo chamava ao Jabaquara. No Quilombo, a organização da nova vida: a vida com liberdade.
E o batalhão que ele formou com negros e brancos contra a Revolução da Armada? Revela além de coerência política, a compreensão da necessidade de unir as raças. Quintino não foi só obra do ambiente ativo de Santos. De vários modos e em diferentes etapas da vida, ele mostrou um marcado valor social.
Com seus companheiros e com toda comunidade santista, comemorou o Lei Áurea, o fim do cativeiro.
E foi chamado a prosseguir na luta, sendo inspetor de quarteirão. Foi condecorado pelo Presidente da República Marechal Deodoro e atendendo aos pedidos se ligou ao legislativo municipal e concorreram as eleições sendo eleito o primeiro Vereador Negro do Brasil.
Mas as suas insatisfações se cristalizarão pela demonstração de intolerâncias, do racismo e das discriminações e se retirando da política, buscou outras atividades para suas ações. Já casado com filhos entrou em depressão e faleceu.

A cidade demonstrou o seu orgulho, seu amor e seu respeito pelo insigne Herói da Libertação e lhe deu efusiva despedida, gravando na Matriz e no Cemitério Central, memorial do seu legado.
Anos depois seu reconhecimento foi eternizado nos versos do Hino da Cidade e nas homenagens que lhes prestaram mandando erguer monumentos ao Coronel Quintino de Lacerda, patente outorgada pelo primeiro Presidente desta Nação, ao menino escravo dos engenhos de Sergipe, em Itabaiana terra de João Mulungu e grandes Heróis Negros. O maior reduto de quilombos de estradas do Brasil. Seu nome também foi lembrado em sua terra, onde denominaram uma artéria publica com seu nome e reconheceram-no pelo seu legislativo municipal, como Herói Negro de Itabaiana, considerando o 8 de Junho como o Dia Municipal de Luta da Consciência Negra em sua homenagem gravado em 20 de setembro de 2001.
Chefe do Quilombo do Jabaquara e primeiro líder político negro de Santos. Nascido em 08 de junho de 1839, Quintino de Lacerda, foi o mais atuante agitador da abolição no litoral Paulista, garantindo abrigo a escravos fugitivos de toda a região do planalto, que aqui buscavam defesa.

O Quilombo do Jabaquara, era verdadeiramente inexpugnável, defendido pelas encosta do morro do Jabaquara e com um único caminho de acesso permanentemente guardados pôr sentinelas de Quintino.

Em 1850 havia 3.189 escravos em Santos, para uma população livre de 3.956 habitantes.

Não deixa de ser surpreendente que quinze anos depois já existia uma forte resistência organizada e que três meses antes da abolição do instituto da escravidão no Brasil, em Santos já não houvesse escravos. Tanto que dia 13 de maio de 1888 seguiram-se oito dias de festa populares, comícios, passeatas músicas e dança nas ruas.

Quintino de Lacerda foi o centro das atenções e chegou a receber, em solenidade pública, um relógio de ouro, como uma homenagem popular a seu mais querido líder abolicionista.

Com a abolição, o irrequieto Quintino lança-se à luta política, incorporando, pela primeira vez, os negros ao processo político na cidade. Organiza e comanda um batalhão na defesa contra uma possível invasão de tropas rebeldes interessadas em depor o Marechal Floriano Peixoto. Recebe, em reconhecimento, o título de Major Honorário da Guarda Nacional, em 1893.

Sua eleição para a Câmara municipal, em 1895, porém, faz eclodir uma grande crise política fomentada pelos setores racista. Ela começa com a negação de sua posse como vereador.

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SEVERO D’ACELINO. Sergipano de Aracaju, (47) filho de Acelino Severo dos Santos e Odilia Eliza da Conceição – Fundador do Movimento Negro em Sergipe; Bahia e Alagoas – Ativista dos Direitos Humanos – Poeta , Dramaturgo , Diretor Teatral , Coreográfo , Pesquisador das culturas Afro indigena de Sergipe , Ator . Em 68 fundou o Grupo Regional de Folclore e Artes Cênicas Amadorista Castro Alves em 73 os Cactueiro Cênico Grupo e Teatro GRFACACA, introduzindo o Teatro Armorial e o Teatro de Rua em Sergipe. Dirigiu diversas peças e espetáculos de dança, entre eles: Maria Virgo Mater Dei, O Mistério da Rosa Amarela, A Última Lingada, De Como Revisar Um Marido Oscar, Terra Poeira in Cantus, Navio Negreiro,Água de Oxalá, A Dança dos Inkices D’Angola, Iybo Iná Iye, João Bebe Água. No Cinema interpreta Chico Rey , Espelho D’Agua e na Televisão: Thereza Baptista Cansada de Guerra. Autor de diversas peças textos e coreografias destacando a Suíte Nagô. Casado, Militar Reformado da Marinha de Guerra do Brasil. Coordenador Geral da Casa de Cultura Afro Sergipana.